O Vidreiro - Um Profissional em Extinção

Conheça

O Vidreiro

Uma profissão pouco conhecida que resiste ao tempo e mantém viva uma arte milenar indispensável, ainda nos dias atuais, à pesquisa e desenvolvimento da indústria moderna. O Vidreiro é nada mais nada menos que um artesão, com apenas uma ressalva: a matéria prima que ele utiliza para compor a sua obra está em torno de 1000°C, fato esse, que faz da técnica de cada profissional o melhor e mais eficaz equipamento de proteção individual. Um Vidreiro considerado "bom" no ramo, tem no mínimo de 10 à 15 anos de experiência prática na manipulação do vidro. A literatura científica brasileira sobre essa arte beira a inexistência, tornando quase impossível o individuo adquirir uma base teórica sólida sobre o assunto. Em geral os poucos remanescentes que dominam as técnicas de moldar o vidro, receberam-na de herança familiar e, através desse tradicionalismo quase orgânico é perpetuada a profissão.

Além de todas as peculiaridades, se é que podemos chamar assim, envolvendo o processo de aprendizado o vidreiro precisa de equipamentos que atendam as necessidades incomuns do seu trabalho. O maçarico, instrumento mais importante do vidreiro, permite uma mistura controlada dos gases e a regulação da intensidade da chama. O vidro então é aquecido até o "ponto de amolecimento", que pode variar entre 800°C à 1100°C, dependendo do tipo de vidro escolhido, uma vez atingida a fluidez do estado da matéria a modelagem do vidro torna-se possível. A partir dessa ponto, o vidreiro passa a alternar a perda e o ganho de calor, cuidando para que a peça não resfrie e endureça ou aqueça em demasiado e atinja o "ponto de fusão", que gira em torno de 1300°C à 1500°C. O controle entre o "ponto de amolecimento" e o "ponto de fusão", é dado através da coloração alaranjada que o vidro ganha devido a alta temperatura a qual é submetido, quanto mais intenso for o tom de laranja, mais próximo do ponto de fusão ele está, esse processo é puramente visual e exige bastante sensibilidade e conhecimento prático do profissional. Após a produção as peças são direcionadas ao forno e aquecidas gradualmente até até atingir o "ponto plástico" à 650°C, seguido de resfriamento brusco. Esse processo é conhecido com "têmpera" ou "cozimento" e tem por finalidade aumentar a resistência mecânica e térmica do vidro. O torno para vidreiro é outro equipamento essencial para confecção de peças de grande porte propiciando o suporte necessário e maior precisão técnica ao profissional.

A maior demanda do mercado vidreiro está concentrada na industria química devido ao alto consumo de vidraria científica, imprescindível para o crescimento do setor que, além da vidraria convencional, necessita de equipamentos elaborados sob medida para o desenvolvimento e implementação de novos projetos. A viraria científica(ou vidraria laboratorial), exige um tipo específico de vidro mais resistente à temperaturas elevadas e a exposição constante de produtos químicos. O vidro borossilicato, inventado pelo Alemão Otto Schott, é o mais indicado para fabricação desse tipo de vidraria, o boro presente em sua composição garante maior flexibilidade e resistência evitando lascas e trincas decorrentes da produção e utilização.

É notório, portanto, a importância desse profissional para evolução dos mais diversos segmentos de pesquisa, que dependem direta ou indiretamente do seu trabalho. O vidreiro é um "espécime" em extinção, guardião de uma arte que corre o risco de cair no esquecimento.

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